Oi, minha Flor de Maracujá!
Nossa! Que saudade! E nem sei dizer porque esse sentimento hoje, está tão aflorado em mim.
Sinto que é uma saudade que chega a atingir a parte física, e que vai aos poucos fazendo meu corpo ficar um tanto curvo. Talvez em uma fotografia, meu olhos hoje estejam tristes, por mais que eu “carregue” na maquiagem.
Estou diferente dos outros dias em que convivo com a sua falta. Acredito que encontrei ao longo desses quatro anos, uma maneira de viver sua ausência diária, orientando minhas lembranças para seu riso, suas piadas, seu beijo amoroso e o seu cantar debaixo do chuveiro às 5 horas da manhã. Posso dizer que coloquei direção em minhas saudades, e assim tenho passado os dias lembrando tudo de bom que vivemos. É meta que impuz, para dar continuidade a minha vida, sem passar amargura para quem está ao meu entorno. Acho que tenho conseguido, afinal, a minha dor é tão pessoal e íntima, que não deve ser exposta diariamente a todos.
Mas hoje, o dia está diferente. Até os pássaros que pela manhã estiveram aqui frente a casa, cantaram talvez um pouco mais forte. Ou então, fixei-me mais atentamente ao Canto, que soou-me como um lamento.
Fiquei atenta ao “João de Barro”, que tem uma postura incrível: é realmente elegante, altivo e talvez um tanto arrogante!
Imagino que esta altivez, é o poder de sedução do “João de Barro”. Enfim, ele de alguma maneira faz com que sua parceira não se dê conta da Trama de seu companheiro ao construir a casa: o mesmo vai , na maior cara de pau , trancá-la dentro da “Mansão”, sem chances de escape.
Lamentei por ela! Por seus dias solitários e saudosos, trancada na casa, esperando o fim de seus dias. Será que sente saudades do macho e sua prole? Quem sabe, aceita esse sofrimento com um leve cantar? Um canto de lamento, das “Joanas de Barro”, que esperam a hora de tudo acabar. Será que alguma reage, Mimi?
Hoje eu precisava deitar a cabeça em seu colo, ou ficar na cama ao seu lado, jogando conversa fora. Precisava de nossos momentos simples, meu amor. Não é necessidade de grandes passagens de nossas vidas, mas de lembrar atitudes corriqueiras , que faziam parte dela.
Queria muito sentir o “perfume molhado” de seus cabelos após o banho. Preciso disso, mesmo que minha memória olfativa esteja intacta.
Precisava demais desembaraçar seus cabelos, minha menina!
Esse momento, era quase um código que acionávamos, para contarmos uma a outra as novidades do dia. Sinto este perfume junto a mim, porém não desembaraço seus cabelos!
Quem sabe ainda sonho ao dormir , e sinto voce ao meu lado? O Aroma de Camila, está aqui, juntinho a mim e não quero perdê-lo… Vou deitar, e tentar adormecer com a minha saudade inquietante, que deixou-me antenada em coisas simples,: como a vida do “João de Barro”.
CAMILA
A felicidade seria grande,
caso por um pequeno instante,
Deus me concedesse um momento
para abraçar-te de novo!
Diria talvez as mesmas coisas,
que falávamos em nosso tempo.
Afagaria sua pele macia,
num grande abraço envolvente.
Afinal , sei que certamente,
(e com a ajuda de Deus),
nunca mais sentiria saudade…
Abraçada a ti, ia embora,
Feliz, para a Eternidade!
.
Da mamãe,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
3 comentários:
Christina:
Em um sonho há alguns anos eu abracei meu falecido pai, que eu sabia no sonho já ter desencarnado. Foi uma sensação tão concreta, que tenho certeza que foi real.
Juntos Somos Fortes!
Amigo Paúl:
Esses "encontros", são realmente a parte "feliz" de tudo...
Entre e sono e a vigília, conseguimos encontrar nossos entes queridos, que na maioria das vezes estão felizes conosco e algumas vezes nos dão um pequeno "toque" para levarmos uma vida mais adequada.
Qualquer um de nós tem estes encontros. Porém muitos, por inclusive não admitirem a existência dessa possibilidade, não se lembram.
Os que tem sua mediunidade mais aflorada ou trabalhada, lembram-se e conseguem ficar durante algum tempo com a sensação física do acontecido.
Apesar de minhas "recaídas", sinto-me recompensada pelo Pai, pois ofertou-me este entendimento e eu soube recebê-lo, sendo que assim, inclusive, posso por vezes encontrar-me com amigos espirituais de outros amigos.
Muito obrigado pela sua amizade!
CHRISTINA ANTUNBES FREITAS
A saudade dói, e como dói!
Beijos
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