quarta-feira, 27 de julho de 2011

“QUANDO AS ABELHAS COMEÇAM A MORRER…” por REGINA DOLL

Amigos,


Temos aqui em Conservatória/RJ um grupo,   que vez por outra se reune para discutir o destino de nosso Planeta.  Para que tivéssemos uma nominação, intitulamos nossas reuniões de “GRUPO 2012” . 
Transcrevo abaixo, texto de nossa amiga REGINA DOLL (talvez a mais aplicada do Grupo 2012), que certamente nos leva a reflexão, mesmo que porventura, alguém não tenha o mesmo “olhar”  de Regina sobre o tema.


Quando as abelhas começam a morrer...

 Regina Doll

Um dia destes, conversando com uma amiga que é dona de uma bela pousada em Conservatória, cidade do sul-fluminense que escolhi para morar, fiquei sabendo que, de um tempo para cá, ela tem encontrado um grande volume de abelhas mortas ou agonizantes em sua varanda. O fato é preocupante, porque demonstra o quão desequilibrado está o nosso habitat. Mesmo em uma cidade com poucos fatores poluentes - não há indústrias próximas e nem grande quantidade de veículos - os pequenos animais já começam a pagar o preço da insensatez dos homens.

Se pararmos para pensar, as estações do ano estão cada vez mais descaracterizadas; tivemos em Conservatória, no início do mês de junho, no final do outono, portanto, uma atípica chuva de granizo, o que, antigamente, só acontecia no auge do verão. As flores, que costumavam brotar em   épocas pré-determinadas, agora têm sua floração atrasada ou adiantada. Os pardais, que se reproduziam em setembro, na primavera, estão nidificando em julho, no auge do inverno, o que faz com que os filhotes morram de frio, expostos às temperaturas abaixo dos 15 graus. Tenho encontrado vários ninhos vazios, ou com os pequenos pássaros mortos.

Todos estes fenômenos, que a gente percebe, mas, aos quais não dá muita importância, fazem parte de um quadro maior – o do caos da natureza. E os responsáveis somos nós, os seres humanos, todos viciados em uma ou em outra forma de poluição. Em 2005, o jornal norte-americano Washington Post, já alertava a população sobre a dramática diminuição das espécies polinizadoras da América do Norte, como pássaros, abelhas e morcegos. Todas estas espécies, se extintas, iniciarão uma enorme ruptura dos ecossistemas dos quais a vida na Terra é dependente.

A Revolução Industrial tem apenas 200 anos, (o que em termos de planeta é um cisco), porém já conseguiu viciar-nos em combustíveis fósseis (carvão, diesel, petróleo) não renováveis. E haja fumaça e desmatamento e matança e extinção. Não sou “natureba” e nem ingênua: o mundo não anda para trás – as conquistas (boas ou más) estão aí para ficar e cabe a nós pagarmos o preço de nossas escolhas, às vezes nem tão nossas individualmente, mas, de nossos governos e países. É preciso que se veja que cada novo invento “montou” nas costas de outro, em termos de aceleração de tempo: o barco à vapor levou séculos para aparecer; os navios modernos menos de 70 anos; o rádio uns 60; a TV uns 50 anos; os computadores, enormes, pois ocupavam um andar inteiro dos edifícios uns 30; os microcomputadores uns 20 anos; os laptop 10 e o tablet, cerca de 2 anos e corre o risco de, em poucos meses, ficar obsoleto. Lembram quão rápido foi o descarte das fitas cassetes e dos DVDs? E o MP3, que agora já é MP5? E o Ipod? A lista é infinita, tão extensa quanto a inventividade humana e o nosso desenfreado delírio de consumo. Tenho uma tese, não sei de procedente, que nossos olhos, nossos ouvidos e principalmente nosso cérebro, nossa fisiologia que evoluiu ao longo de milênios, deve estar recebendo uma sobrecarga de tudo: luz, som, imagens, idéias, informações. Não é de se admirar os problemas de saúde existentes, que proliferam exponencialmente.

O que fazer? Mesmo nós, que vivemos em uma cidade tranqüila, (eu sei que o trema já sumiu, mas, ou meu computador se recusa a aceitar e coloca mesmo assim e não consigo apagar), estamos sujeitos a toda interferência externa, através da mídia e da Internet. Nossos pulmões podem estar melhores – não há tanta poluição. Nossos olhos descansam com o verde e nosso ouvidos não são agredidos, diariamente, com a estridência das buzinas. Mas, e nossos cérebros? Todos temos uma overdose de informações, fatos, acontecimentos, notícias, tragédias... A Natureza, também está tendo um colapso. E somos feitos da mesma matéria, como diz Tagore, o grande poeta indiano, “formados de poeira de estrelas”. O universo é um só, a matéria primordial, a mesma. Somos seres planetários, galácticos e estamos conectados a tudo que existe. Quando iremos desacelerar? Que tal adotarmos o slow food, a maior contemplação, o aquietar do corpo e da mente. Em que medida nossa civilização, com suas maravilhas e descalabros vai acabar nos matando?

Esta é uma reflexão para o Grupo 2012. Espero discussões na próxima reunião
Volta Redonda, 26/7/11
Regina Doll
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Até nossa próxima reunião, este texto será debatido nas noites enluaradas de Conservatória, onde a música aliada ao intenso frio da época, nos reune  sempre para grandes conversas, debates e gargalhadas!

Abraço fraterno,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CAMILA: SEUS ACONCHEGOS E RECADOS!

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Oi, minha Flor de Maracuja!

Tanto tempo sem escrever à voce neste Blog, que os amigos, podem até pensar que estou me afastando de nossas conversas... Nada disso, você bem sabe!

Escrevo muito, e não coloco aqui.  
Tantas coisas acontecem, e  por vezes tão surreais,  desprovidas de ética , de amor ao próximo...    Quantos  absurdos escuto, em  algumas ocasiões  (muitas vezes de forma agressiva) , que mesmo contando a você,  sinto vergonha de expor aqui no Blog!   Sim, Mimi... Vergonha!  Sei que você também fica triste, e que muitas vezes antes que eu te conte, já tem uma palavra, ou uma orientação para mim. Aff! Voce anda rápida!!!

Olho pessoas queridas,  e não as reconheço. 
Penso,  que talvez por estar  ainda,  arraigada  a um tipo de dignidade antiga - um tanto fora de moda - onde valores morais, éticos ou familiares, são muito mais importantes do que o terrível “ter”, que hoje,  desfigura o homem moderno: sou algumas vezes atacada.   
Ufa! Que corrida desenfreada é esta,   por possuir, desfrutar, aparentar (mesmo sem mérito próprio), que o ser humano moderno faz ?!?   Amor, Solidariedade,  Fraternidade...  Aff! Tenho a impressão Mimi, que são práticas que estão caindo em desuso.

Mas meu amor: hoje em dia,  quando entendo que você foi embora, mas o que se foi  era somente o seu invólucro material, e que voce sempre estará por perto,  com sua energia, com seu carinho, com suas palavras  maduras e tão pontuais:  consigo sentir um pouco de paz!   Tenta certeza - paz que perdi - quando você partiu. 
 
Somente depois de algum tempo,  consegui entender,  e ter  calma suficiente para senti-la em meus braços, em alguns momentos entre o sono e a vigília.   Ouvi- la, pelo menos em parte, e ficar durante horas depois deste encontro,  com o seu aroma, o seu hálito (memória olfativa intacta),  e meu corpo quente pelo menos de um lado: nos braços ou na lateral do rosto.  É dessa forma, que me sinto   piedosamente envolvida pelo nosso Pai, por nos permitir esta aproximação - que é expontânea -  uma vez que nunca pedi ou orei para que isso ocorresse.

Mas, como sou um ser em evolução com muitos defeitos a serem moldados, precisando de um grande polimento Espiritual,  esta semana talvez por estar muito abatida, fui fraquíssima... Quando a senti , não alcancei a serenidade que tem me  acompanhado durante esses cinco anos: serenidade  aprendida  e  praticada...

Não! Não fui serena! 
Gritei, corri, procurando-a pelos cômodos da casa. Fui para o lado de fora, e não me contive: abri o portão, sem me importar com o intenso frio da madrugada nesta parte mais isolada,  ou mesmo com minhas vestes.

Gritei: CAMILA, VOLTA ! CAMILA, VOLTA! Gritei muito, minha filha... Perdão!

Não sei o que houve comigo, mas me  pareceu que podia tocá-la, e para isso corri pelos cantos, pelos jardins, pelo mato! Faltou-me sanidade, e tenho certeza: uma real compreensão do que havia acontecido. Falhei como Espírita Cristã, e como sua mãe!  Perdão!

Tenho tido tempos muitos duros, mas ao lado disso, bem você vê, momentos de muita alegria junto às suas sobrinhas, lindas meninas que – tenho certeza – serão muito felizes!

Ana Beatriz, neta querida, com seis meses, tem um sorriso muito bonito, já prestou atenção? Saudável, olhos vivos!

Camila... Graças a Deus no seu tempo não havia um DVD chamado NINOCA, pois Ana Beatriz é apaixonada por este DVD... Quantas vezes já vimos Ninoca? Sei lá, acho que até você se deu uma passadinha por lá, já sabe de todas as histórias. O carrinho que a bebê fica, chega a balançar quando um Jacaré chamado Charlie, do seriado Ninoca, aparece. Este,  é a paixão de Ana Beatriz! Já até sonhei com Ninoca!

Bibi (como eu a chamo), quando nasceu parecia muito com Gustavo, não acha?  Hoje está muito parecida com Ana Carolina. Gulosa... Já grita quando vê o pratinho ou a mamadeira!
Tenho a impressão que Ana Beatriz será calma, porém muito bem humorada! Ah! Como gosta de um banho!

Bem, e a Maria Eduarda, nossa neta, com um ano e dez meses??? Um foguete! Nada parece ser intransponível para ela... Linda, adora andar de pulseiras, gloss nos lábios, e aprontar todas as peraltices a seu alcance.

Ontem, Márcia me disse (talvez você tenha visto) que Maria Eduarda passou dois dias com seu retrato debaixo do braço! Até ao Colégio levou... Diz que é a “Tia Mila”, e anda para todo lado com sua foto!

Eu mesma já presenciei Duda (todos a chamam assim) com o dedindo apontando em um mural, fotos de várias pessoas, dizendo o nome... Aff! Inclusive o meu: “Vó Christina” , o seu, o “Vô Geraldo”... Muito linda esta minha neta, e tão parecida com você! Inclusive a mesma Alergia Alimentar dos primeiros anos de sua vida, o mesmo Médico que te atendeu, com quase toda a equipe: como no seu tempo.

Graças a Deus, a Medicina evoluiu e Maria Eduarda já está comendo quase tudo, coisa que só aconteceu com você aos cinco anos... Ah! Ela teve que tomar o mesmo tipo de complemento alimentar que você tomou...

Hoje, vendo Maria Eduarda pedindo a música da Shakira para dançar, não consigo  deixar de lembrar de você  que amava  tanto  a dança, e principalmente sambar!

Como pode ver, meu amor, apesar de muitos momentos difíceis, tenho tido momentos de muita alegria ao lado das netas, que de certa forma me fazem “maternar”. 
"Maternar": foi a parte mais feliz de minha vida! 
Meu amor: sei que sua Evolução Espiritual é grande. Tenho muita pena de quem não acredita nisso... Pena mesmo, pois você minha flor, foi - quando encarnada -   uma grande filha,  e continua sendo, como Espírito Amoroso que é! 
Agradeço muito, o esforço que certamente você faz  para enviar a mim recados, psicografias,  vindos de  lugares altamente sérios.  Sabemos que Trabalhadores Espirituais dão a você respaldo e aprendizado: o que me alegra,  alimenta minha fé e me conforta! 
Quanto aos recados, os compreendi bem.
   
Rogo ao nosso  Pai, que dê muitas chances  aos incrédulos, que por vezes tentam desqualificar os recados ou escritos que voce envia,  para que um dia -  mesmo não querendo professar a mesma fé -   tenham  entendimento e respeito necessários à vida em Sociedade, não debochando ou vilipendiando o Espiritismo Cristão e suas práticas!

Te amo muito, minha menina... Tenho certeza que nosso reencontro, ao tempo que nosso Pai estabelecer, será uma grande alegria para nós duas!

Mais uma vez, perdão pelo meu descontrole desta semana!

Beijos! Suaves beijos, e saudades...

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Da mamãe,

CHRISTINA ANTUNES FREITAS