Batalhão de Choque usa bomba de efeito moral em manifestação de professores no Centro do Rio
Publicada em 08/09/2009 às 17h29m
O Globo, CBN e Lina Marques - Extra
RIO - O Batalhão de Choque utilizou três bombas de efeito moral para dispersar uma manifestação de cerca de mil professores e profissionais de educação em frente à Alerj, na tarde desta terça-feira. Um professor teria sido detido e duas pessoas ficaram feridas. O clima é tenso no local e levou deputados que estavam reunidos a irem para a rua tentar acalmar os ânimos. O Batalhão de Choque começou a se retirar por volta das 17h, mas a Polícia Militar continua acompanhando de perto a manifestação. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), os feridos foram sido atingidos por balas de borracha e gás lacrimogêneo. Os profissionais, que trabalham em escolas da rede estadual, estão sendo atendidos no setor de emergência do Souza Aguiar.
O protesto é contra o projeto do governo que incorpora o Nova Escola aos salários dos professores em até seis anos. A proposta deve ser votada ainda nesta terça-feira. Os professores reivindicam a manutenção do aumento de 12% na mudança de nível do plano de carreira dos professores. O estado quer reduzir para 7,5%.
A Avenida 1º de Março chegou a ser fechada durante 40 minutos ao tráfego, e o trânsito ficou muito complicado no Centro do Rio, com os carros sendo desviados pela Ladeira da Misericórdia. A retenção chega ao Elevado da Perimetral, sentido praça XV. Com cartazes, bandeiras e um carro de som, duas faixas da esquerda da Rio Branco foram interditadas ao tráfego, que ficou lento no local. Há retenções também na Avenida Presidente Vargas para quem segue em direção à Candelária.
O secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, o secretário estadual de Governo Wilson Carlos e o secretário estadual de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa chegaram a se reunir com os líderes da manifestação, para chegar a um acordo antes do tema ser levado à votação em plenário.
Os manifestantes pretendem acompanhar nas escadarias da Alerj a votação do projeto de lei 2474, do governador Sérgio Cabral, que altera o plano de carreira da educação estadual e propõe a incorporação da gratificação do Nova Escola em seis anos, o que os profissionais de educação não aceitam. Ao final da votação na Alerj, a categoria fará uma assembleia geral nas escadarias para discutir o andamento das negociações e avaliar a continuidade da greve, que começou nesta terça-feira e é por tempo indeterminado.
Por causa da manifestação, Sérgio Cabral teve que faltar a um almoço na Associação Comercial do Rio, onde ele seria homenageado pela defesa que tem feito quantos às destinações dos benefícios da exploração do pré-sal. De acordo com o anfitrião, José Luiz Alquérez, Cabral não compareceu por estar negociando com os professores estaduais.
Posso não gostar de falar sobre os desmandos do Executivo, mas dignificando os "Códigos de Conduta Passados por Minha Ascendência", não posso e nem devo SER OMISSA !
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
2 comentários:
Que vergonha!
O Batalhão de Choque reprimindo uma manifestação legítima de professores contra o inominável desgovernador.
Quanta subserviência e fajutice!
Arrêgo!!!
Vossa Alteza:
Os Professores devem ter sentido falta de seus exércitos!
Mas, convenhemos, não precisa ninguém fazer campanha contra o Executivo...
Patético!
Imagine: eles reprimiram com truculância, aqueles que naturalmente um dia darão aulas ou coordenarão seus filhos...
E com tanta favela violenta ao redor do BpChoque!
Porque não foram assegurar a paz do pessoal ordeiro que mora nessas comunidades?
Garanto que deve ter Baile Funk com "Proibidão" a noite toda, sem deixar que os trabalhadores durmam.
Porque o BpChoque não vai lá?
Vou tomar meu Lexotan!
Abraço fraterno!
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
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