quarta-feira, 25 de março de 2009

QUANDO SE CHEGA AOS 50, 60 ANOS...!!!

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Amigos:
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Recebi este texto de uma amiga, e como "nada acontece por acaso", ele trata de um assunto que há muito tempo tenho vontade de escrever.
Com absoluta certeza - caso tentasse - não seria tão fiel ao que penso, quanto o Autor Desconhecido do texto abaixo, o é!!!
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QUANDO SE CHEGA AOS 50, 60 anos...!!!
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Contei meus anos e descobri que terei menos tempo
para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
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.É a natureza tomando seu rumo...
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.Tenho muito mais passado do que futuro.
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.Sinto-me como aquele menino
que ganhou uma bacia de jabuticabas.
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.As primeiras, ele chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
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.Já não tenho tempo para lidar
com mediocridades.
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.Não quero estar em reuniões
onde desfilam egos inflados.
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.Inquieto-me com invejosos
tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
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.Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
pelo menos não, para discutir assuntos inúteis
sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
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.Já não tenho tempo para administrar melindres
de pessoas, que apesar da idade cronológica,
são imaturas.
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.Detesto fazer acareação de desafetos
que brigaram pelo majestoso cargo
de Secretário Geral do Coral.
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.Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
“As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”.
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.Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
quero a essência,
minh'alma tem pressa...
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.Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços,
não se encanta com triunfos,
não se considera "eleita" antes da hora,
não foge de sua mortalidade...
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.Quero apenas caminhar perto de coisas
e pessoas de verdade...
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O essencial faz a vida valer à pena.
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E para mim, basta o essencial.
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(Autor desconhecido)
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Um abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS

domingo, 22 de março de 2009

"ALMEIDINHA" - UMA VOZ E SUA EMOÇÃO !

Amigos:

Conservatória tem entre seus moradores, uma figura ímpar: ALMEIDINHA !

Aos 87 anos, nosso amigo é um homem com um humor maravilhoso, sendo atenciososo com todos. Quando canta, emociona pela intensidade de sua interpretação.

Nosso ALMEIDINHA, é um grande "galanteador" à moda antiga. Sua mulher Ivone, companheira à 60 anos, é sabedora que ALMEIDINHA tem sempre uma palavra bonita para as amigas, que estão constantemente junto ao casal.

ALMEIDINHA, canta e encanta a todos, com sua delicadeza, seu sorriso constante e suas interpretações maravilhosas.

Nosso amigo, compositor e músico EDUARDO MARQUES - EDU, dedicou um poema ao nosso grande amigo, que transcrevo abaixo:

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"ALMEIDINHA"

Eduardo Marques - Edu

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Silêncio

Quase absoluto

A Solarata

Escuta:

Franzino

Olhar arguto

Provoca

Lacrimejam

Olhos

Pelos versos

Que executa

Em gestos

Comovidamente

Sem um deslize

Nem uma sílaba

Esparsa

Mas únicas

E nem sequer

Um trêmulo

No som

Da voz

Pronúncia

De tempos idos

De coisas

Antigas

Mas que ainda

Ressurgem

Ávidas

Rejuvenecidas

Dos lábios

Quando recita

O cântico

Que precipita

E inunda

A alma

De quem lhe escuta

E se enfeitiça

De tanta mágica

De sua Música...

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EDUARDO MARQUES - EDU, consegue retratar em seu delicado poema, toda a magia que envolve nosso ALMEIDINHA, quando ao silêncio de todos, canta!

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Abaixo, ALMEIDINHA interpreta a música "Número Um" composição de Benedito Lacerda e Mário Lago, acompanhado pelo seu filho Mauro e pelo músico Carlito. Este é um vídeo bem caseiro feito por mim, com uma máquina fotográfica digital. A ocasião era bem informal!

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Um abraço,

CHRISTINA ANTUNES FREITAS

quarta-feira, 18 de março de 2009

E QUEREM QUE O POLICIAL MAL REMUNERADO, FAÇA MILAGRE !!!!

Amigos:

Estou reproduzindo reportagem do Jornal "O DIA ONLINE", de 18.03.2009, para que possam ter uma pequena noção do que é a Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro.

Como será que um Policial, seja ele Militar ou até mesmo Civil (só uma forcinha: pois creio que a Polícia Civil é investigativa), podem tentar combater o tráfico de drogas, neste caso do COMPLEXO DO ALEMÃO (aquele do PAC, lembram-se?), sendo tão desvalorizados ao receberem salários AVILTANTES e tendo condições de trabalho PRECÁRIAS?

Como um homem ou mulher Policial, pode entregar-se plenamente ao trabalho, sabendo que em casa falta o mínimo para a sobrevivencia de sua família?
De que modo fica "o moral" deste Policial, ao refletir que o que reproduzo acima, não pode ser financiado apenas pelos protagonistas das cenas desse vídeo?


SEGURANÇA PÚBLICA, PASSA PELA VALORIZAÇÃO DOS

POLICIAIS MILITARES E/OU CIVIS, COM SALÁRIOS JUSTOS

E CONDIÇÕES DIGNAS DE TRABALHO!

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O DIA ONLINE

Complexo do Alemão: onde a lei que impera é o código do crime


Vídeo de festa na Favela da Grota mostra bandidos ostentando armamento de guerra em meio a moradores e muitas crianças


POR LESLIE LEITÃO, RIO DE JANEIRO


O batidão em altíssimo volume, com letras obscenas e de glamourização do crime, serve de trilha sonora para a realidade de um mundo paralelo dentro do Rio de Janeiro. Longe dos cartões postais, dos turistas e à sombra de qualquer ação do poder público, 200 mil cidadãos cariocas vivem em um território onde os códigos do tráfico ignoram as leis e a Justiça. As 12 favelas do Complexo do Alemão traduzem com perfeição o que se convencionou chamar de “poder paralelo”.

As imagens falam por si e facilitam o entendimento das regras impostas pela quadrilha. Trata-se da filmagem feita durante festa de aniversário de dois irmãos traficantes – o DVD foi apreendido em ação de setembro de 2008 – e vêm à tona agora, para revelar os meandros do QG do Comando Vermelho.A profusão de armas de guerra nas mãos de jovens, na maioria dos casos entregue às drogas — seja vendendo, seja consumindo — representa um desafio cuja complexidade é reconhecida pelo próprio secretário de Segurança, José Mariano Beltrame:

"Posso preparar a polícia, mas há que se preparar o Estado. Comecei um estudo sobre o Alemão e apenas em uma área faltavam 1.200 pontos de luz. Vou deixar o policial no escuro? Nós precisamos que haja um ‘tsunami’ de ações para que nossas ações sejam de qualidade e definitivas. O custo da ocupação do Alemão ainda está no início, mas temos uma base pelo Dona Marta”, afirmou ontem, na Comissão de Direitos Humanos da Alerj.

O vídeo da festa mostra jovens sem qualquer perspectiva de futuro. Trata-se de uma realidade cruel, com velhos e crianças, meninos e meninas (alguns recém-nascidos), e centenas de pessoas de bem lado a lado com marginais empunhando as mesmas armas de guerra usadas por americanos e terroristas no Oriente Médio. Os donos da festa, Bruninho e Pimpim, são homenageados em um telão, com armas em punho. Os convidados estão à vontade, felizes com o baile improvisado, com churrasco e bebida à vontade — servida e consumida por crianças. Tudo acontece na Rua 2, na Favela da Grota, a poucos metros do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da PM, onde os cinco policiais que se dividem em turnos de 24 horas pouco podem fazer.

O tratamento de quase devoção dispensado aos bandidos é a prova de que não ser criminoso nem sempre significa ser inocente. “Muita gente aqui nesse vídeo é simpática (ao crime). Na carteira, é trabalhador. Mas gosta de fazer favor para ficar bem com os bandidos”, diz um morador da comunidade.

Apesar de a agenda lotada ter impossibilitado o secretário de Segurança de ver a filmagem, Beltrame admitiu a dificuldade de controlar aquele pedaço sem lei da cidade. “Imagens de traficantes circulando livremente sempre vão chocar, ninguém de bom senso pode achar normal. Mas é um passo de cada vez na recuperação desses territórios, não existe mágica”, disse em nota oficial."

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Gostaria de parabenizar a Reportagem da Jornalista Leslie Leitão, lembrando que um DPO numa área como essa (porque ainda existem?), seria mais viável para os chamados "Homens Bomba", que tem no suicídio (conforme o Doutrinamento que recebem, inclusive Religioso), o caminho para a Libertação.

Estamos no Brasil, mais propriamente no Rio de Janeiro. Nossos bravos Policiais Militares não são Islâmicos e não tem vocação suicida. Portanto fico me perguntando:

- " Colocá-los neste lugar, não seria uma opção Homicida?"

Que Deus possa dar força, tenacidade, honradez e principalmente CORAGEM, para que nossos Policiais Militares consigam, mesmo diante desta situação CAÓTICA, seguir com cabeça erguida e passos firmes: NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE!

Especial saudação, aos BRAVOS Policiais Militares do 16º BPM, responsáveis pela área.


Um abraço,

CHRISTINA ANTUNES FREITAS

quarta-feira, 11 de março de 2009

CONSERVATÓRIA - CHORINHO NA "VILA ANTIGA" - " APANHEI-TE CAVAQUINHO "

Todos os sábados durante ano, em Conservatória-RJ, mais propriamente em um charmoso local no centro da cidade chamado "VILA ANTIGA" , entre 11hs e 13hs, acontece uma reunião de "Chorões".

Músicos e intérpretes admiráveis, cantam e tocam o melhor do Chorinho em um clima de total descontração, porém mantendo sempre, alta qualidade musical.

Esta reunião de grandes músicos e intérpretes é dirigida por FRED (Flauta), e sempre acompanhada por virtuosos músicos.

A platéia acomoda-se em bancos instalados para o evento, ou caso prefiram, assistem ao Movimento Musical dentro dos Cafés da Vila Antiga.

Grandes "Chorões" com seus instrumentos e vozes, costumam comparecer ao CHORINHO DA VILA ANTIGA.

Esta apresentação foi no dia 07.03.2009, em que o grupo apresenta a composição de Ernesto Nazareth, APANHEI-TE CAVAQUINHO!

A boa música, jamais será calada em CONSERVATORIA-RJ!


Um abraço,

CHRISTINA ANTUNES FREITAS




REPRODUÇÃO DE ARTIGO DO CEL. PAULO RICARDO PAÚL

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Amigos:
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Reproduzo abaixo, artigo do Blog do Cel de Polícia Paulo Ricardo Paúl, que esclarece como estão hoje os "Coronéis Barbonos" e os "40 da Evaristo".
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Ontem, eu conversei através do telefone celular com o repórter André da Folha de São Paulo ( a folha publicou hoje um breve artigo). Ele perguntou-me sobre a situação atual de cada um dos Coronéis Barbonos, quem ainda estava na ativa e quem tinha ido para a inatividade.
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Eu expliquei a situação de cada um de nós, esclarecendo que ainda existiam 5 (cinco) "Coronéis Barbonos" no serviço ativo, incluindo o atual Comandante Geral.
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Ao acessar a internet em casa fui surpreendido com a informação (email) do Coronel de Polícia LEONARDO PASSOS, no sentido de que tinha assinado o seu requerimento de transferência para a inatividade, demonstrando a sua tristeza com a situação vivenciada pela PMERJ.
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Lamentável, o serviço ativo da Polícia Militar perde mais um valoroso Coronel de Polícia!
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E voltando à conversa com o repórter André, ele perguntou-me qual a minha opinião sobre o que estava acontecendo com a Polícia Militar, após o desencadeamento da nossa mobilização cívica?
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Eu esclareci que o principal problema foi um “erro de leitura” por parte do Governo Estadual com relação a este fato histórico, único nos 200 anos de história da PMERJ, pois nunca Coronéis de Polícia “lutaram” com tanta determinação pelos Praças, nem nunca arriscaram tanto (gratificações e carreiras, por exemplo).
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Digo erro do governo e não erro do governador especificamente, embora ele tenha se referido a nós como “meia dúzia” e “sindicalistas”, conforme a mídia noticiou em destaque. O erro pode ter partido de assessores diretos do governo e não creio que tenha tido origem na Secretária de Segurança Pública, tendo em vista que o Delegado de Polícia Federal BELTRAME, nos recebeu em seu gabinete e conhecia claramente as nossas intenções.
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Um “erro de leitura”, um “erro de avaliação”, acontece com todos nós, inclusive várias vezes ao longo de nossas vidas. O problema reside no fato de que quando fica claro o nosso erro de avaliação de uma situação, devemos corrigir as decisões erradas, o que ainda não aconteceu.
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Interna corporis, a leitura foi a pior possível, considerando que o governo estadual passou a praticar ações contra os bons Policiais Militares que integram a mobilização.
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O Comandante Geral – Coronel de Polícia Militar UBIRATAN – foi exonerado, por não ter coibido a mobilização, como se alguém pudesse impedir cidadãos brasileiros de exercerem seus direitos constitucionais. Isso só ocorre nas ditaduras autoritárias.
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A posse do novo Comandante foi feita no interior do Gabinete, sem tropa, como nunca tinha ocorrido na PMERJ. A própria mídia foi impedida de cobrir o evento, enquanto policiais militares do BOPE guardavam o pátio do Quartel General.
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Oito Coronéis Barbonos foram exonerados.
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O nosso Estatuto foi alterado. O tempo de permanência no último posto dos Coronéis da PM foi diminuído de 6 (seis) para 4 (quatro) anos, com a participação de Deputados Estaduais que aprovaram a alteração. Uma clara represália aos Coronéis Barbonos, pois simultaneamente foi aprovado o aumento dos “cargos blindados” de Coronéis, que não passam para a inatividade ao completarem os mesmos 4 (quatro) anos, podendo permanecerem na ativa até a idade limite. Foram “blindados” mais 9 (nove) de Coronéis.
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Pior, a alteração tinha como motivação a renovação do quadro!
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A gratificação dos Coronéis “leais” foi quase triplicada (223%).
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Um decreto estadual do atual governo, que permitia a todos os integrantes da área correcional (Corregedoria Interna da PMERJ, PCERJ e do CBMERJ) escolherem a próxima unidade, quando movimentados da corregedoria (mecanismo de defesa), foi alterado dias depois privilegiando apenas os integrantes da CGU.
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Alguns Tenentes-Coronéis foram exonerados do Comando de Batalhões por participarem da mobilização (Príncipe - BEP, Havani – 18º BPM e Roberto – 6º BPM).
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Oficiais foram movimentados.
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Tudo fruto de um “erro de leitura”, perdeu o governo estadual a oportunidade de “TRABALHAR JUNTO” com uma parte da Polícia Militar que está muito longe da denominada “banda podre da polícia”.
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O “erro de avaliação”, repito, podia ter ocorrido, porém as medidas adotadas em desfavor dos mobilizados provocou o maior estrago na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, ao longo dos seus 200 anos.
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O governo atual será lembrado como o que mais prejudicou a Instituição, considerando o que fez com aqueles que amam a Polícia Militar e que, na condição de líderes (Coronéis), não ficaram omissos.
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Obviamente, correções podem ser feitas, porém o estrago foi tremendo para a “banda boa” da Polícia Militar.
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Pior, imaginem a leitura que os jovens Oficiais e os Praças da “banda boa” fizeram de tudo isso?
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É certo que vários Coronéis e Tenentes-Coronéis apoiaram os “Coronéis Barbonos” e os “40 da Evaristo”, portanto, não devem estar satisfeitos com tudo isso.
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Finalmente, esclareço a situação atual dos 8 (oito) Coronéis Barbonos:
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Coronel de Polícia Hildebrando Quintas ESTEVES Ferreira, transferido compulsoriamente para a inatividade (alteração do estatuto);
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Coronéis de Polícia Francisco Carlos VIVAS; Rodolpho Oscar LYRIO Filho, Dario CONY dos Santos e LEONARDO PASSOS Moreira solicitaram transferência para a inatividade.
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Coronéis Ronaldo Antônio de MENEZES e Renato FIALHO Esteves estão na ativa, podendo permanecer até o dia 21 de abril de 2011, pois foram promovidos em 21 de abril de 2007, pelo atual governo.
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O autor deste blog será transferido para a inatividade no próximo dia 21 de abril, considerando que fui promovido no dia 21 de abril de 2005.
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A minha transferência para a inatividade não mudará em nada os meus posicionamentos, tão pouco, as minhas ações em favor da Polícia Militar, em desfavor de quem quer que seja.
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Cidadãos Brasileiros, pelo menos uma “banda” deve estar muito feliz!
Adivinhem qual?
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PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO "
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E assim, com este artigo do Cel. Paulo Ricardo Paúl, consigo responder à uma série de indagações de Amigos ou Anônimos que em algumas ocasiões enviam-me emails, ou simplesmente em um bate papo informal, perguntam-me sobre o destino dos "Coronéis Barbonos" e dos "40 da Evaristo".
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Um grande abraço,
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CHRISTINA ANTUNES FREITAS

terça-feira, 3 de março de 2009

" OCTÁVIO ANTUNES VIEIRA "

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Amigos:
Há uma frase abaixo de meu nome no Blog, que é a seguinte:
"Sempre que defendo direitos, faço por convicção e por respeito aos códigos de conduta passados por minha ascendência."
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Parece uma frase um tanto arrogante, mas sendo neta de um homem excepcional chamado OCTÁVIO ANTUNES VIEIRA, não poderia ser diferente. Ele passou para os filhos e netos, toda a noção de caráter e retidão que um ser humano deve ter.
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Arrumando guardados de meus pais, deparei-me com um velho Jornal, o "ALÉM PARAHYBA".
Um Semanário datado de 2 de agosto de 1959 (eu tinha seis anos). Nele existe um Artigo escrito pelo Exmo. Dr. Juiz de Direito, Álvaro Lima Costa, que mostra de maneira magnífica a vida de meu avô. Neste artigo, Dr. Álvaro despede-se de seu grande amigo, que falecera dias antes.
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Abaixo a transcrição: (procurei transcrever com a acentuação e pontuação original)
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OCTÁVIO ANTUNES VIEIRA

O Octávio morreu! Foi assim, com estas três palavras secas e duras, um definido, um pronome e um verbo no pretérito perfeito, sintéticamente, que a triste noptícia correu a cidade de extremo a extremo e, entre surprêsa e desolada, acordou-a na manhã fria de 26 de julho.
Octávio Antunes. Esse nome vinha num convite tarjado de negro. Quem fôra Octávio Antunes? Perguntai a cidade, do seu passado mais distante, ao seu povo, as suas letras, e a resposta virá de pronto, como se fôra um éco, neste comentário ligeiro, porque uma vida intensamente vivida não pode caber na estreiteza de uma crônica.

Há quarenta anos passados, ou talvez mais, Octávio Antunes, tebano, porque nasceu em Tebas de Leopoldina, aqui radicou-se, casou-se, criou filhos, não chegou a conhecer a prosperidade, amargou muitas desilusões por certo, lutou em vários sentidos com a inteligência e as forças físicas, e morreu depois de muito sofrer nos derradeiros mêses de vida.

Conhecemo-nos ha muitos anos também, quando aqui me radiquei, e uma forte simpatia, sem necessitar de demorado convívio, parece que invadiu-nos ambos. Senti desde logo sua grande inteligência, sua alta penetração intelectual, sua agudez de espírito, seu raciocínio pronto e analítico, seu imenso penhor literário para a prosa e a poesia. Conversamos muito e muitas vezes e, assim, pude aquilatar que sob a roupagem de impressionante modéstia, com atitude esquiva em demasia, morava em seu cérebro um formoso talento multiforme.

Muitas vezes, sempre com vivo prazer, conversávamos sôbre assuntos variados, de preferência sôbre as coisas do espírito, e eu me deliciava em ouvi-lo nos momentos rápidos e fugazes em que se despreendia da modéstia e voava em planos altos da inteligência. Eram poucas essas ocasiões, mas eu me fartava e sentia saudade de sua prosa têrsa e elegante, de sua crítica elogiosa ou mordaz, de sua VERVE inesgotável. As vezes declamava a bôa poesia, mostrando, poeta que era também, as gemas que se alinhavam em versos líricos, épicos, grandíloquos. Eu ouvia, e também retrucava declamando, e as horas passavam-se insensíveis. Foram poucas essas oportunidades, mas eu guardo a viva lembrança desses momentos de encantamento intelectual.

As vezes releio seus artigos e vou encontrando aqui e ali trechos magníficos, conceitos elevados, comentários maliciosos, descrições seletas, sempre em estilo leve, corredio e bem cuidado. Outras vezes sua pena fere, diminue, machuca, ridiculariza, deixa cicatrizes que jamais se apagam porque penetram fundo na epiderme visada. Nunca li seus versos, mais ouvi-os muitas vezes.

Octávio Antunes foi de fato um exímio Defensor na esfera Tributária e sua inteligência manifestava-se também nos Tribunais Criminais e na Polícia Judiciária e muitos são os sucessos tribunícios que soube alcançar defendendo nos auditórios desta comarca.

Viveu Octávio longos anos, e morre, dizem quase aos oitenta anos, porquê ele próprio, na sua filosofia de vida, nunca se impressionou com os anos vividos mas com os anos a viver ainda e ainda trabalhar para viver.

Seus restos mortais lá estão no nosso Campo Santo, num alto de que se descortina, cá em baixo, o Paraíba e esse desdobrar de vales que lhe marcam o curso sinuoso, ilhado e enfeitado de pedras.

Estão sob as ramadas de um grande Angico branco, que lhe marcará o túmulo. Ele amava as árvores e aquela será sua companheira na solidão.

Dormirá para a eternidade o seu corpo, mas sua inteligência viverá na memória dos que com êle conviveram nas lides do espírito e nas páginas que deixou como marca de seu formoso talento, e a sua bondade nunca se apagará em nossa recordação. Os seus choraram sua morte e, ainda e sempre, hão de chorar seu desaparecimento.

Octávio estas palavras são o meu depoimento sobre a riqueza do seu célebro previlegiado, sôbre o fulgor de seu estro poético, sôbre seu estilo magnífico de cronista e polemista, e, são a última e sincera homenagem de quem teve o prazer de sentir fulgurações de sua grande inteligência e de experimentar a infinita bondade de seu coração e merecer a sua amizade! Descança em paz!

Adeus!

Álvaro Lima Costa
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Creio que devia ao meu avô OCTÁVIO, esta pequena homenagem.
Seus versos: sei alguns de cor, e tenho certeza que um pouco de minha ironia, devo à este avô que em seus dias finais, falava à minha avó:
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"-Nair: se eu estiver muito mal,
quase morrendo e falar ÃO, ÃO, ÃO,
por favor: não chame o Padre para a Extrema Unção!
O que eu quero é que tragam um VIOLÃO!"
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Um grande abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS